Mesmo com todas as barreiras enfrentadas pela produção, a novela inova ao colocar na boca dos personagens falas interessantíssima sobre a classe média e a classe emergente. Por mais que Norma (Glória Pires) faça as maldades que vem fazendo, a verdadeira mocinha da história é ela. Vejamos, enfermeira simples de Florianópolis é seduzida por vigarista inescrupuloso que só quer roubar o dinheiro que seu chefe tem guardado em um cofre. Simples não?
Ela se transforma, deixa de ser apática e solitária e começa ver sentido na vida. Seu vestiário muda e a maquiagem aparece para dar brilho ao rosto. Até a gesticulação das mãos passa ser mais extravagante. Depois do golpe, a mocinha volta a ser o que era com a fisionomia sem cor, sofre e passa por toda a trajetória do herói. Humilhada pelo bandido e acusada de crime que não cometeu ela vai para a prisão e passa dias de tortura e tensão ao lado da malvada presidiária Araci (Cristiana Oliveira).
Com espirito de vingança, ganha forças e se revigora para acertar as afrontas a qual foi submetida pelo vilão Léo(Gabriel Braga Nunes). Nesse fluxo todo passa por brusca transformação no visual, fica rica e agora vai aforra. E a Marina, que é conhecida como a verdadeira mocinha, qual é a sua trajetória? Ah sim, está atrás do Pedro desde o começo da novela e todas as suas ações são inconseqüentes e desproporcionais, chatinha ela não?