sexta-feira, 1 de julho de 2011

Quem será Quem, será?

Assistindo a interpretação de Leonardo Miggiorin em Insensato Coração fiquei imaginando quem ele poderia ser no futuro e aquelas comparações inevitáveis que todos adoramos fazer meio veio a cachola. Então resolvi ir mais adiante e fazer previsões de quem será quem em um futuro próximo.
Leonardo Miggiorin  será Emiliano Queiroz, mas tem que fazer teatro e lapidar o talento.

 Bruna Linzmeyer será Ana Paula Arósio, tem beleza de sobra para ser protagonista assim como Ana.

Deborah Secco será Suzana Vieira, mas terá que se dedicar no talento e na língua, no exibicionismo está ok.


Bruno Gagliasso será Tony Ramos, tem gente que dúvida, mas como Tony ele ainda é uma aposta.


Cauã Reymond será Antonio Fagundes. Aproveita a beleza bonitão porque  serás canastrão.

Grazy Massafera será Vera Fisher, sem talento, mas simpática e bonita.

Nathalia Dill será Renata Sorrah, tem talento e consegue transitar bem entre mocinha e vilã.
Rodrigo Andrade será Ricardo MAcchi o cigano Igor, sem expressão nenhuma.

Thiago Martins será José Wilker, tem tudo para ser um ótimo ator.

Paloma Bernardi será Malu Mader, eterna mocinha.

Insensato Coração - Capítulo de Sexta Feira 01/07

O capítulo de hoje foi recheado de boas maneiras e comportamento adequado. O jantar na casa de Vitória (Nathália Timberg) foi uma aula de etiqueta para o telespectador, desde a chegada de Raul (Antonio Fagundes) quando discorrem sobre pontualidade e a juventude, até como receber bem com o devido constrangimento, mas sem perder a classe, quando o acompanhante da neta Bibi (Maria Clara Gueiros) é o “ non sense” Douglas (Ricardo Tozzi).
A trama principal foi deixada de lado, os castigos que Léo (Gabriel Braga Nunes) sofre no cativeiro são bobinhos e sem graça.  Jandira (Cristina Galvão) acompanha essa baboseira toda e parece uma paspalha. Porque os autores a colocaram para dar as ordens ao vilão quando a vingança é de Norma (Glória Pires)? O jogo psicológico prometido até agora não aconteceu,  o personagem está diminuído e perdeu o sentido. Nesse calvário chinfrim nem ladrão de bala ficaria assim tão frouxo. Ele tem que sofrer, não fazer faxina.
Vinicius (Thiago Martins) de novo foi destaque, o personagem só cresce, é o único com sentido real na trama. A cena na qual a namorada o descarta foi tensa, parecia que a qualquer momento ele iria batrer nela, seu transtorno é nítido, bom ator é assim. Os personagens desnecessários reinaram de novo, só que hoje eles até que estavam um pouco melhor e não causaram tanto tédio. Daisy (Isabela Garcia) deu um chega pra lá no patrão, quando é determinada a secretária se saí bem, ela deveria manter esta linha de briguenta. Serginho  (Vitor Novella) mandou bem ao encantar Kleber (Cassio Gabus Mendes) , mas parecia que o ator estava falando a tabuada. Alice (Paloma Bernardi) não comprometeu,  a atriz esta cada dia mais bonita.
Fica a dúvida, porque a novela acabou com o André (Lázaro Ramos) pedindo a Carol (Camila Pitanga) para morar com ela? Qual é a importância deste pedido para a trama? Espero que o autor nos surpreenda.

Em meio ao tédio, os destaques!

Fora a pasmaceira do capítulo de hoje, devo destacar o desempenho de Roni (Leonardo Miggiorin), foi ótima a cena em que ele desabafa seu trauma ao ser perseguido por homofóbicos. A novela presta mais uma vez um serviço de utilidade pública ao discutir a violência contra os homossexuais, esse discurso quando demasiado cansa, mas hoje foi bem ponderado e taxativo. O ator transmitiu emoção, indignação e medo na medida certa, foi soberba a atuação.

E pensar que Tia Nenem (Ana Lucia Torre) era para estar fora da trama, imagine quem iria nos divertir quando esses capítulos entediantes se fazem presentes. A cena em que ela recebe Pedro (Eriberto Leão) e Marina (Paola Oliveira) foi divertidíssima, ela diz; ninguém quer fazer companhia para essa pobre tia só mesmo a ciática, e continua discorrendo reclamações intermináveis. Como um texto que é o mesmo diverte desde o começo da novela diverte tanto e não é chato, mérito da atriz lógico!

(sou puxa saca mesmo da Tia Neném)

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Insensato Coração - Capítulo de Quinta Feira 30/06

Hoje a novela foi uma chatice, o chamado “enrolation” básico que uma hora chega, bateu na porta de Insensato Coração. O que mateve o interesse foi Léo (Gabriel Braga Nunes) no cativeiro de Norma (Glória Pires), mas o resto eu chamaria de um desfile de bobagens. E nessa história do cativeiro, o grande trunfo é a ironia e o deboche do Léo, esse jeito de querer levar vantagem e achar que esta por cima, da graça do vilão.


Temos como ponto forte o Vinicius (Thiago Martins) que esta causando um alvoroço e rachando a trama como tem que ser um bom personagem. Li em uma reportagem que ele é o mini-Léo, então o Rafa (Jonatas Faro) é o mini-Pedro (Eriberto Leão), a Cecília (Giovana Lancellotti) a mini-Marina (Paola Oliveira) e a Leila (Bruna Linzmeyer) é a mini-Bibi (Maria Clara Gueiros). Os Flintstone tiveram a versão kids  e Insensato também tem sua versão teen, linguagem narrativa diferente é sempre bem vinda. Perceba que a trama é quase idêntica, e eu escrevi quase, mas deve ser o tal lance do espelho que os autores tanto citam.

Vinicius vai nos proporcionar grandes momentos, já no capítulo de hoje ele se destacou ao provocar Rafa em plena sala de aula, foi ameaçar novamente o novo irmão Serginho (Vitor Novello), e não gostou nada de ver a namorada se esquivando dos seus convites. Fora os adocicados meninos  do bem, o personagem vai bater de frente com o movimento gay da novela e deixar a vida de Hugo (Marcos Damigo) e Eduardo (Rodrigo Andrade) mais rumorosa, ainda bem! O casal gay esta precisando de uma apimentadinha para dar gás na relação!

Desfile de Personagens sem Função


Descobri porque não gosto dos personagens de Daisy (Isabela Garcia), Alice (Paloma Bernardi), Eduardo&Hugo (Rodrigo Andrade e Marcos Damigo) e Beto (Petrônio Contijo). Simples, quando o autor quer preencher o tempo ele coloca esse pessoal para ocupar o espaço e dar lição de moral e uma palavra de apoio, um pé no saco. No capítulo de hoje essa turma se encontrou em escala, primeiro Alice com Daisy, depois Alice com Eduardo e foi seguindo.

Devo confessar que até a Carol (Camila Pitanga) esta enveredando para o mesmo caminho, se não fosse pelos vestidos belíssimos que ela desfila a chatice já teria dominado. Ela e André (Lázaro Ramos), assim como Raul (Antonio Fagundes) estão sem função na trama. O que é aquela cena do Raul desabafando com a Carol os problemas com os filhos? Eles estão separados, não faz sentido. Ninguém quer saber da vida de ex-namorado o que dirá dosr problemas. Pedro (Eriberto Leão) e Marina (Paola Oliveira) já podiam dar adeus, estão vivendo clima de final de novela, o "viveram felizes para sempre" esta no ar. Claro que esse artificio de dar varios finais e recomeçar o dilema é para manter a narrativa atraente, mas no caso deles o "the end" é bem vindo. 

Insensato Coração agora só tem duas tramas interessantes no momento, Norma (Glória Pires) e Léo (Gabriel Braga Nunes), e Vinicius (Thiago Martins) e companhia, os outros personagens estão a passeio. Talvez a vingança de Cortez (Herson Capri) contra Léo e a suposta gravidez de Natalie (Débora Secco) dêem uma movimentada, o resto será pura arrastação da trama.  Tem o assassinato do vilão e algumas surpresas, mas tudo com estes personagens no foco.Vamos aguardar.  

Insensato Coração - Capítulo de Quarta-Feira 29/06


Depois do capítulo de terça-feira honrar os filmes policiais, hoje a novela foi honesta aos filmes de suspense. Apesar da duração ser menor, devido ao futebol, fazia tempo que eu não via um capítulo de quarta-feira tão movimentado.  E sim, como o de ontem, hoje também foi dia de não desgrudar da tela.

O charme regido para a cena do encontro dos dois protagonistas é de um primor que a televisão brasileira estava precisando. Foi romanticamente anti-romântico. Aquele véu cobrindo a grande revelação, a pose de Norma perante sua presa, o modo como os autores conduziram a catarse foi rica em elementos, e o espectador aguardava cada segundo. Gilberto Braga e Ricardo Linhares dessa vez não usaram da agilidade, pelo contrário, o capítulo era curto, mas todo dedicado ao momento decisivo.

Norma (Glória Pires) mostrou a que veio, ela não esta para brincadeira, e não que os autores fizeram surpresa, eles deixaram todos acompanharem o processo, tanto que a revelação era apenas para Léo (Gabriel Braga Nunes). O mérito está aí, de envolver o espectador em uma revelação que faz  sentido só para o personagem. A surpresa para nós era apenas a reação de Léo quando estivesse cara-a-cara com Norma, este era o trunfo do autores na noite de ontem, e ele conseguiram envolver.

A responsabilidade estava toda em cima dos dois personagens, todos com os olhos centrados neles, se vacilassem o suspense iria por água abaixo, e o que era para ser o lance de mestre se tornaria apenas um descarte. Mas os autores sabiam que tinham uma Glória Pires e um Gabriel Braga Nunes na manga e o grande Royal Straight Flush* foi dado com brilhantismo.
*jogada mais valiosa do pôquer 

Eunice e Léo e as surpresas

Eunice (Deborah Evelyn) vive me surpreendendo, já a nomeie como a melhor personagem, e ela é. Na cena de revelação que Tia Neném (Ana Lucia Torre) faz, dizendo que foi Léo (Gabriel Braga Nunes) quem sabotou o avião que matou sua irmã, ela foi desesperadamente dramática na mesma intensidade dos primeiros capítulos. Teve tensão, surpresa junto a um esmorecimento estampado no rosto da atriz, ela é perfeita para a personagem.

Esta cena da revelação que parece despretensiosa, terá muito valor para os próximos capítulos, ela vai engolir todo o seu ódio e orgulho e se relacionar com a família Brandão para vingar a morte da irmã. Seu envolvimento com Ismael (Juliano Cazarré), como já dissemos aqui não é em vão, é o gancho no desfecho final do assassinato de Léo. Arrisco o palpite de dizer que será ela  a assassina do vilão.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Insensato Coração - Capítulo de Terça-Feira 28/06


No capítulo de hoje o vilão Léo-Coringa (Gabriel Braga Nunes) descobriu que nosso herói Pedro-Batman (Eriberto Leão) e Marina-Batgirl (Paola Oliveira), estavam juntos em um plano para desmascará-lo. Teve socos e pontapés e se a Globo fosse um pouco mais ousada, onomatopéias no estilo HQ’s apareceriam na tela. A trilha foi perfeita, as interpretações não exigia muito e o Coringa como sempre se saiu melhor, não o personagem, mas o ator que o interpreta.

Léo deu seu adeus a vários personagens, começou por Vitória (Nathalia Timberg), depois Tia Neném (Ana Lúcia Torre) e depois os pais, quebrou o escritório, teve crise histérica e tomou seu wisky matutando um próximo golpe. A cena em que ele vai até a viúva rica com a expectativa de tirar proveito, é de deixar o espectador aguçado por vingança também, jogada de mestre dos autores. Agora ele passara pelo calvário nas mãos de Norma (Glória Pires).

O capítulo de hoje esteve perfeito, muitos acontecimentos, ritmo acelerado e homenagem a antiga obra do autor. O banqueiro Cortez (Herson Capri), assim como o empresário Marco Aurélio (Reginaldo Faria) na obra clássica Vale Tudo, dá uma banana ao fugir em seu jatinho particular, mas no Brasil de hoje os autores prendem o banqueiro. Porque eu não entendi, será esperança?

Nada se compara a uma novela onde os lances são de tirar o fôlego e acima de tudo entretém. Diferente dos últimos autores do horário nobre, Gilberto Braga e Ricardo Linhares deixaram sua marca como há muito tempo não se via nas telenovelas.  Sorte para o telespectador.

Semelhanças entre Natalie Lamour e Charlie Harper

Em meio a tantos destaques no capítulo de hoje, Natalie Lamour (Deborah Secco) se sobressaiu muito bem. Seu personagem foi à balança para uma trama policial recheada de aventuras. Ao falar com os repórteres sobre as denuncias envolvendo seu marido e a confusão da mala com dólares ela não poupou atrapalhadas. Seu fiel amigo Roni (Leonardo Miggiorin ótimo ator), não deixou a desejar e fez companhia a altura da estrela. É compreensível o que os autores almejaram ao apimentar a trama com este tempero, suavizar a tensão do espectador com bizarrices em uma cena que teria tudo para ser morna. 

Natalie esta longe de ser a mocinha da história, ela é destemperada moralmente  e tem seus caprichos mundanos. Não é uma personagem, se não fosse pelo burlesco, que esbanjaria a simpatia do público. Mas os autores conseguiram esta proeza, Natalie é a versão feminina de Charlie Harper (Charlie Sheen) em Two and a Half Men, seus valores são distorcidos, mas são irrelevantes graças à comicidade do personagem. 

Insensato Coração - Capítulo de Segunda-Feira 27/06

Agilidade para levantar audiência
Neste capítulo o vilão Leo (Gabriel Braga Nunes) cai na armadilha de Marina (Paola Oliveira) que esta com um gravador nada discreto no pescoço. Interessante toda armadilha que ele monta para Cortez (Herson Capri), já a da mocinha faltou uma coisa: cumplicidade. Foram pouquíssimos capítulos neste envolvimento para o arqui-vilão se convencer e se expor para a esposa. De espertalhão ficou tolo o personagem. Faltou beijos, sexo, a mocinha tinha que pagar pelos seus caprichos de casar loucamente com o irmão do Pedro (Eriberto Leão) que é seu grande amor.

A trama tem agilidade e todo um processo de resolver rapidamente as tramas, mas o que faltou aí foi etapa. Insensato Coração tem o mérito da agilidade, mas o demérito de pular etapas.  Algumas tramas são resolvidas com certo desleixo outras têm um preparo bem apurado. O envolvimento de Norma com Léo foi cuidadoso e lento. A agilidade não convence, muitas cenas que poderiam ser marcantes ficam gratuitas.Gosto desta rapidez, acho que o caminho da audiência esta aí, mas esta faltando carta para compor a canastra.

Observemos a rapidez:

Casamento de Léo e Marina – 2 dias
Ascensão profissional de Léo – 1 dia
Confiança de Cortez em Léo – 3 dias
Norma (Glória Pires) trabalha na casa de Teodoro (Tárcisio Meira) – 2 dias
Pedro descobre as maldades de Léo e quer vingança - 2 dias

Cordel Encantado prestação de serviço

Como a trama de Cordel Encantado vem para suavizar um tanto de mazelas que vemos nas novelas, como repetição de mesmo tema e atores que interpreta a si mesmo. Não, na novela das seis, por mais repetitivo que seja alguns atores no mesmo tipo de personagem, todos tem a verve dramática. Até o Timóteo (Bruno Gagliasso) tem um temperinho diferente. O acerto em Cordel esta na escalação de elenco com historinha gostosa e bem desenvolvida. Ninguém se incomoda com a licença poética da calça jeans dos personagens e mesmo o psicólogo. Como todo esqueleto de novela se concentra em amor e perda dele, Cordel não é diferente, mas difere na maneira como mostra.

Cordel Encantado esta para TV brasileira o que Shakespeare Apaixonado esteve para o cinema, quando se tem um bom roteiro o espectador percebe que qualquer exagero é para enfeitar melhor a trama e que isso não é prejudicial para o todo. E por mais que a novela dialogue com a realeza conseguimos identificar a brasilidade em todas as cenas, a idéia de expor o cangaço desta maneira lúdica faz com que o público do horário tenha contato com esta identidade do país. A Globo esta prestando um serviço de conhecimento geral da cultura brasileira e audiência reconhece.

Comunidade gay excluída na festa dos vilões.


Acho válido que a novela fale das pressões que a comunidade gay sofre e das tensões e violência, mas vamos voltar para a trama, por favor. Nesses últimos dias ficou maçante a luta pela causa e devo confessar que cansou. O casal Hugo (Marcos Damigo) e Eduardo (Rodrigo Andrade) são muito chatinhos, politicamente correto, e esta heterossexual demais este romance. Será que os gays nunca serão retratados de maneira adulta nas novelas brasileiras? Cadê a língua ferina dos gays? Cadê o gay maldoso com humor negro que esta sempre na defensiva?

A novela padece desses casais bonzinhos e comportadinhos e cheio de amor. O autor Ricardo Linhares disse em uma entrevista que o público quer ver final feliz, eu não. Eu quero ver final fantástico, surpreendente cheio de emoções. Final feliz é tédio na certa, estamos cansados deste romance que perdura os finais de novela. Sou a favor do merchandising social que a novela se propõe, gosto das denuncias, mas já chega, vamos movimentar a trama deste pessoal da comunidade gls. Cade o ecstasy? Cadê o ciúmes doentio? Cadê a traição? Cadê o sexo fácil? Cadê o bissexual que não aparece? Cadê o gay que sofre por amor ao hetero? Vão dizer; é assunto demais para explorar. Mas já que esta na chuva...

Até os gays afetados padecem do discurso verdadeiro adequado, cadê o gay alienado? São tantos  gays e todos politizados, com a lei na ponta da língua. Com tantos vilões que a novela se propõe a mostrar, a comunidade gay ficou excluída mais uma vez. E não me venha citar Aracy (Cristiana Oliveira), aquela é o estereótipo do estereótipo.  

domingo, 26 de junho de 2011

Insensato Coração - Capítulo de Quinta e Sexta-Feira 23 e 24/06



Para você que esteve viajando e não acompanhou os capítulos de quinta e sexta-feira aí vai uma notícia, foi tudo morno na trama de Insensato Coração. Depois do atropelamento fatídico e bem vindo de Milton (José de Abreu), a trama girou em torno de nada e coisa nenhuma. Marina (Paola Oliveira) continua tentando enganar Léo (Gabriel Braga Nunes), estas cenas estão ótimas e Marina até ganhou uns créditos, Raul (Antonio Fagundes) sofre com o término do namoro com Carol (Camila Pitanga) e Norma (Glória Pires) estagnou na vingança porque o entrave Milton apareceu para aporrinhar seus planos de vingança. A traição de Eunice (Deborah Evelyn) e a causa gay ganhou destaque na trama de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, dois assuntos que fazem os conservadores se revirarem na poltrona.

O brucutu e a madame

Já a madame conservadora Eunice (Deborah Evelyn) que tem um amante e arrepia só de olhar para o bandido bonitão Ismael (Juliano Cazarré), é hilário só de imaginar. Eunice se  envolver com o brucutu pobre e de linguajar chulo, é no minimo engraçado. Claro que além da critica a hipocrisia da classe média, a união dos dois personagens terá função dramática e muitas reviravoltas na vida dos protagonistass (Norma(Glória Pires) e Léo (Gabriel Braga Nunes)), não é um romance jogado como é o de Daisy (Isabela Garcia) e Beto (Petronio Gontijo). Por enquanto vamos rindo e nos deliciando com a cena dos amantes.

Devemos ressaltar a brilhante atuação do ator Juliano Cazarré, este vai para a sala VIP da Globo logo depois da novela. Vou averiguar se seu personagem no original teria tanto destaque ou ganhou pela presença do ator, que é oriundo do cinema e que agora vai aparecer mais vezes na telinha, é certeza! Mas vamos comentar muito dele até o fim da novela.

A maior "causa" Gay na Novela


Com a maior Parada Gay acontecendo em São Paulo veio a calhar às denúncias feitas pelos autores. O merchandising social que é feito é bom para conscientização da causa e da violência contra os homossexuais. O personagem Xicão (Wendel Bendelak) ganha destaque e se torna o principal militante da novela. Até Gabino (Guilherme Piva) veio defender a causa e mostrar que existe lei contra a discriminação e que a multa é alta (R$3500), mas concordou que os gestos explícitos de afeto dos gays  deve espantar a freguesia do seu bar. O romance entre Hugo (Marcos Domingo) e Eduardo (Rodrigo Andrade) deve constranger e muito as famílias do nosso Brasil, o mérito da novela é avançar na discussão e mostrar o parecer de ambos os lados.





Eunice, a melhor personagem de Insensato Coração


Eunice (Deborah Evelyn) é a melhor personagem de Insensato Coração, a linha dramática que a acompanha desde o inicio da novela é perfeito. Como em todas as novelas do autor Gilberto Braga a alpinista social ganha destaque e junto a isso várias criticas a essas pessoas que almejam o status de elite. Nessa escalada ao topo, Eunice muda para o Rio de Janeiro e tenta pertencer à nata carioca, expõe as filhas o marido e a mãe a saia justas e agora vai ter um amante, é de deixar muita madame no chinelo.  

Eunice não é uma típica matriarca, suas atrapalhadas e enrascada já prejudicaram a família e a ela mesma. A personagem humilha e é humilhada, fere e é ferida, grita e escandaliza desde as primeiras cenas quando perde a irmã e acusa o clã Brandão de ser culpados da perda. A incrivelbilidade esta nos trejeitos e gestos da atriz que engrandece a personagem e faz ganhar a simpatia do público, convertendo em engraçadas as cenas patéticas de preconceito e racismo que são de difícil aceitação. Sim, o público entende a critica, a classe média se vê no personagem e tudo isso graças à junção do texto e o talento da atriz.

Déborah Evelyn amadureceu, chegou ao status que a sua personagem quer só que em outra categoria, a de grande atriz da dramaturgia brasileira. Ela sempre batalhou e brigou por suas personagens, por mais que muitas no passado não encantaram o grande público, Déborah sabe que para chegar aonde chegou teria que passar por esse processo de aprimoramento e rejeição que contribuíram para o seu histórico. Rouba a cena dos protagonistas Marina (Paola Oliveira) e Pedro (Eriberto Leão), contracena de igual para igual com Ana Lúcia Torre e Nathália Timberg e duela com Raul (Antonio Fagundes) e Wanda (Natalia do Vale), nesse último caso sempre sai ganhando.