A novela sempre usa do artifício discursivo em tom elevado, o que gerou muita crítica no começo, mas que agora caiu na graça do espectador e foi o que chamou atenção neste capítulo. A cena de discussão entre Raul (Antonio Fagundes) e Léo (Gabriel Braga Nunes), diálogo e interpretações digno para entrar na história da teledramaturgia, foi o ponto alto.
Cenas de casamento geralmente são um tédio, mas não foi o que aconteceu no casamento de Léo e Marina (Paola Oliveira). O bom gosto dos figurinos, em especial o das personagens de Carol (Camila Pitanga), Wanda (Natália do Valle) e Vitória (Nathalia Timberg) chamou atenção, principalmente aquela flor chiquerésima no vestido da Carol. O figurinista só não acertou na roupa da Fabiola (Roberta do Santos), a atriz é lindíssima, mas aquele vestido marrom não destacou sua beleza por mais que ela seja do núcleo suburbano. Bibi (Maria Clara Gueiros) sempre se destaca, além das falas hilárias seu figurino estava de acordo com a personagem.
Já não é de hoje que se percebe que Deborah Secco não é atriz dramática, por mais esforço que faça o biquinho e a voz não ajudam muito. Ela até não faz feio nas cenas com Cortez (Herson Capri), mas no momento dramático dá náusea só de lembrar. O papel de estrela afetada lhe cai bem, sua Natalie Lamour arranca risos e não compromete a trama, o problema são as lágrimas, vai ter que fazer muito Shakespeare para convencer.
A Daisy (Isabela Garcia) esta sendo mal aproveitada na trama, fica a dúvida se seu personagem não emplacou ou é só aquilo mesmo? O tal Beto (Petrônio Gontijo) serve de escada para os desabafos do André (Lázaro Ramos), mas a Daisy não faz mais nada. Achei que seria maior o envolvimento profissional com o Milton (José de Abreu), aconteceu, mas foi morno. Com o Kleber (Cassio Gabus) o personagem ganhou ao fazer merchandising social e alertar para que as mulheres coloquem seus maridos na justiça caso estes não contribuam com a pensão dos filhos. Mas só? Apenas isso?
A trilha sonora esta cada vez mais sublime, Wonderful na voz de João Gilberto é um requinte para os ouvidos.
Sim Valeu :)))
A cena entre Léo e Raul, diálogo afiadíssimo em muito bom tom. Os autores mostraram a motivação do personagem e um complexo de Édipo enrustido. Tenso na medida certa.
Não Valeu :(((Pedro (Eriberto Leão) no papel de investigador, sua cara de chapado e indignado é de deixar qualquer espectador chapado e indignado. O ator tem pinta de galã e não acho que seja um personagem ruim, mas falta alguma coisa ali que nós vamos descobrir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário