sábado, 13 de agosto de 2011

A revelação da novela


Paula (Taina Muller) – a maior revelação da novela conseguiu dar charme e sarcasmo a um personagem pedante e antipático. Elegante na medida certa, com poucos gestos, expressão surpreendente e um olhar cortante, enriqueceu a personagem e não fez feio no meio dos veteranos.  Merece protagonizar, e tem gabarito para isso, qualquer próxima atração da emissora.

NOTA 9.0: sua personagem cresceu de namoradinha do gay a filha de banqueiro, virou dona de loja e tentou roubar figurinos da assistente. No começo da novela só servia para esconder as escapadelas do pai com as amantes. Paula humilhou quase toda a novela e reverberou as melhores frases.

Uma beleza agradável


Leila (Bruna Linsmeyer) – tem os olhos mais bonitos da televisão brasileira e uma beleza agradável. O talento precisa ser desenvolvido, mas não chega a comprometer.  Adoraria vê-la como vilã, tem perfil para isso. Com certeza vai integrar o time de novos atores e abraçar uma das próximas novelas da emissora.

NOTA 6.0: no começo queria perder a virgindade e o assunto era ótimo e ousado. Foi estudar moda em Londres, voltou com visual novo e causou a fúria dos pais ao se envolver com um negro. O personagem perdeu força e sentido, de moderninha independente virou profissional reconhecida e conselheira da família, ficou chata. Na reta final, esta mais para Julia Roberts no filme Tudo por Amor (Dying Young), no qual ela se apaixona por um doente com câncer.

O melhor nome da nova geração

Vinicius (Thiago Martins) – o melhor nome da nova geração de atores e o mais talentoso. Nesta novela ele provou que veio para ficar. Conseguiu dar o cinismo e a agressividade exata para um vilão extremo e cheio de fúria. Deixa qualquer galã das novelas em cartaz, Bruno Gagliasso e afins, no chinelo.

NOTA 9.0: chegou se envolvendo com a mocinha meiga e mostrou a que veio quando tentou transar com ela sem camisinha. Garoto órfão descobriu a verdadeira identidade do pai, torturou o irmão e matou um gay a pancadas. Engravidou a namorada ao transar a força sem camisinha. Agrediu, chantageou e roubou, com certeza um dos personagens mais ricos. Um Léo (Gabriel Braga Nunes) mirim.

Destaque em meio a tantos jovens nomes


Cecília (Giovanna Lancellotti) – provavelmente a próxima protagonista de alguma trama das seis horas, tem talento e carisma, mas ainda é um tiro no escuro. Sua personagem tinha tudo para ser chata e sem graça, mas ela conseguiu e caiu na simpatia do publico, muito disso se deve a química com o seu par na novela.Não fez feio no meio dos grandes e conseguiu se destacar em tantos jovens nomes.

NOTA 7.5: filha da alpinista social, namorou com o filho do banqueiro, se envolveu com um marginal e engravidou dele. Sexo sem camisinha e bebedeira foi tema da personagem. Sua união com o galã-teen  muitas vezes foi meloso e chato. De todos os personagens com senso de justiça, o seu foi menos entediante. 


Vergonha alheia

Rafael (Jonatas Faro) – Mais um rostinho bonito e sem graça. Não tem talento, é sofrível como ator. Sua interpretação chega a constranger até os mais inexperientes. A Globo precisa começar a ter vergonha de escalar certos nomes para o horário nobre. Não é nem de longe digno de estar em uma novela de Gilberto Braga e Ricardo Linhares.

NOTA 4.0: o filho do banqueiro nos presenteou com várias cenas lastimáveis, seu corpo escultural causou desconforto pela magreza extrema. Nos momentos trágicos e de forte impacto dramático, um pirulito faria melhor. Seu mérito foi ter química com seu par romântico, fora isso, o bon-vivant passou a novela inteira na luta por justiça, que tédio! Um Pedro (Eriberto Leão) em menor escala.


Passou o galã-mirim pra trás

Quim (Thiago de Los Reyes) – Tem talento a ser lapidado, não compromete a trama e por vezes roubou a cena do galã-menor que fazia seu melhor amigo. Típico ator que se não tomar cuidado e se empenhar, pode cair no ostracismo, não por falta de talento, mas por ausência de iniciativa.

NOTA 7.0 – melhor amigo do filho do banqueiro, se envolveu com o vilão teen e acabou se dando mal, foi chantageado e teve que sacanear o amigo. A melhor cena foi se passar por namorado da filha da alpinista social. Seu personagem era secundário e continuou sendo, mas isso não o torna menos importante,  conseguiu destaque nas poucas aparições.

Jovem atriz talentosa


Olivia (Polliana Aleixo) – essa jovem atriz tem tudo para deslanchar, é talentosa e tem carisma. Contracenou com bons nomes e conseguiu se destacar. Vamos rezar para que ela não acabe na Malhação, seu desempenho merece ser considerado em algum horário de destaque.

NOTA 7.0 – o personagem serviu como merchandising social para expor a luta dos filhos que tem que lidar com a separação dos pais, de forma adulta mostrou que os adolescentes tem poder de compreensão em se tratando do melhor para a família. Com par romântico fraquinho, sua luta maior foi pela a regeneração do pai.

Presença desnecessária


Serginho (Vitor Novello) – ainda é cedo para dizer, ele conseguiu dar conta do recado, mas seu talento não foi exposto. Esperamos que na próxima novela ele se empenhe e não deixe transparecer que acabou de chegar da lanchonete para atuar. Esteve presente com atores veteranos e não comprometeu as cenas, talvez este seja seu crédito.

NOTA 4.5: filho da classe média alta, seu personagem não mostrou a que veio. Serviu de escada para o vilão e adereço para os outros personagens. Se era para mostrar o conturbado mundo da puberdade, ficou devendo muitas cenas. Mesmo agora na reta final quando foi desmascarar o irmão, sua presença foi desnecessária.