quinta-feira, 23 de junho de 2011

Número de Mortos chega a 15!


Quantidade de mortes em Insensato Coração é o maior da história da dramaturgia.
Jonas (Tuca Andrada) – 17/01/2011
Luciana (Fernanda Machado) – 24/01/2011
Silveirinha (Hugo Carvana) – 09/02/2011
Dalva (Susana Ribeiro) – 15/02/2011
Andrade (Paulo Vespucio) –
Carmem (Nívea Maria) – 11/04/2011
Claudete (Glaucia Rodrigues)
Edite (Karen Coelho)
Araci (Cristiana Oliveira) – 24/04/2011
Clarice (Ana Beatriz Nogueira) – 27/04/2011
Henrique (Ricardo Pereira) – 11/05/2011
Irene (Fernanda Paes Leme) – 02/06/2011
Teodoro (Tárcisio Meira) - 13/06/2011
Gregório (Milton Gonçalves) – 22/06/2011
Milton (José de Abreu) – 23/06/2011
Participação especial: Vera Fisher, Maria Padilha, Angela Vieira e José Wilker

Vamos aguardar porque vem mais mortes por aí!!!

Insensato Coração - Capítulo de Quarta Feira 22/06

Novela que se preza tem como base relações familiares, em Insensato Coração não é diferente, aliás, fora o tema vingança, as relações entre pais e filhos no capítulo de hoje foram ressaltadas. A entrada de Gregório (Milton Gonçalves) na trama reforça a finalidade de discutir estes laços.
Gregório apareceu um pouco mais que dez capítulos com a única finalidade de azucrinar a vida do filho, extorquido dinheiro e expondo-o ao ridículo com escândalos de dantes. Não é um personagem carismático e que caiu na simpatia do público, mas foi peça importantíssima para a redenção de André (Lázaro Ramos) com os laços paternos e a família. O martírio dele com o pai nestes dias serviu para humanizá-lo e resolveu o problema da insensibilidade do personagem perante o público. A cena da morte de Gregório foi emocionante e digna do verdadeiro melodrama.   

Outro patamar do negro na telenovela.

O personagem André (Lázaro Ramos) é focado e determinado, não mente para suas amantes e muito menos para os seus amigos, diz a verdade doa quem doer. É fundamental os autores terem um personagem deste no horário nobre, que expõe suas opiniões sinceras a qualquer preço. A índole do personagem não é questionável, o que incomoda e gera discussão é o pouco tato que ele tem para expor suas oconvicções. Mas se fosse de outra maneira não seria tão determinante. André faz história na telenovela e entra com grande estilo nela. 
A novela discute e expões a causa do racismo sem levantar bandeira, mostra outro patamar, o do negro já inserido na sociedade e não lutando para entrar nela. Tanto Carol (Camila Pitanga) quanto André são bem posicionados profissionalmente e financeiramente e  os dilemas são os mesmos de quase todos os protagonistas de novela, palmas para os autores que avançou no assunto do negro na televisão. 
 
Manoel Carlos tentou em “Viver a Vida”, mas não conseguiu fazer sua primeira protagonista negra cair na graça do espectador, sua Helena (Taís Araújo) rodopiou a novela inteira. Gilberto Braga e Ricardo Linhares apresentaram o primeiro galã negro com mérito, ao contrário do mocinho chatonildo Pedro (Eriberto Leão), este tem determinação sem sofrer um dramalhão.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Cordel Encantado - Primeira Análise

Quando li a sinopse de Cordel Encantado não acreditei que a trama teria esse desfecho e que seria esta graciosidade de novela. Também duvidava do potencial de Bianca Bin, por mais que Nathalia Dill me encanta os olhos, a protagonista seria ela. Cauã Reymond esta se saindo muito bem como o mocinho, já Bruno Gagliasso é exagerado nas caras e bocas, não é bom ator e tem que melhorar. O vilão é  muito para o desempenho que ele tem, escalação errada.

Não acreditava na trama porque uma história que mistura cangaço com a realeza era muito excepcional, e a meu ver, o público não se identificaria. Mas deu certo, e desde o primeiro capítulo a novela segue um ritmo bom com cenas ótimas e lúdicas.  Por mais que muitos atores façam o mesmo personagem sempre, a novela tem a proeza de encantar graças ao texto e a produção, e esses por menores de repetição passam despercebido.

Dois destaques importantes; a abertura, com música de Gilberto Gil que envolve junto com as caricaturas do sertão e, resgatar Berta Loran para um personagem de destaque, a ponta em Ti Ti Ti é pouco para o talento desta atriz.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Insensato Coração - Capítulo de Terça Feira 21/06

Ao contrário do capítulo de segunda-feira que a novela ganhou ritmo, neste de terça-feira foi enfadonho acompanhar  Marina (Paola Oliveira), Pedro (Eriberto Leão) e Raul (Antonio Fagundes) tentando encontrar provas contra Léo (Gabriel Braga Nunes).

As melhores cenas, a parceria de Norma (Glória Pires) com Wagner (Eduardo Galvão) e a cena final do Milton (José Abreu) desmascarando Norma contando que sabe tudo sobre seu passado de ex-presidiária, não foram nada emocionantes. Prestem atenção em Norma, na cena dela com Milton, ela atônita com a descoberta do bon vivant, mas sua expressão não muda. A atuação dela é sempre um bom motivo, mas queremos tramas eloquentes.
Eunice (Deborah Evelyn) teve contato com o vilão e o mini vilão, recebeu seu primeiro salário da parceria com Léo e trocou interesses com Vinicius (Thiago Martins).
E nada de extraordinário, foi apenas mais um capítulo. Os personagens desnecessários reinaram hoje, por isso nem vou comentar, já tem post abaixo sobre.
Que venha o capítulo de amanhã que antecede o final da Libertadores, espero que os autores reservem grandes acontecimentos e ritmo frenético, a audiência agradece.

Crítica do Stycer, em vermelho minhas considerações.

Sobre Insensato Coração
No intervalo de três semanas, em que não assisti “Insensato Coração”, o casal protagonista da trama, formado por Pedro e Marina, se desfez, sob a suspeita de que ele teria engravidado a prima Irene. Só de raiva, a designer se casou com Leo, irmão do ex-piloto e responsável não apenas pela armação da gravidez como pelo posterior assassinato da prima.

Unido ao pai, Raul, que sempre desconfiou do caráter de Leo, Pedro passou a perseguir provas contra o irmão e descobriu que ele também foi responsável pelo acidente de avião que causou a morte da sua então noiva.

A novela ganhou agilidade e ação, os personagens que estavam cálidos deram uma recauchutada e os principais estão se movimentando por vários núcleos. A trama esta se resolvendo mais rápido e nem tudo esta centrado apenas em um personagem. Toda essa celeridade é mérito dos autores que conseguiram achar o ponto e junto veio à audiência.

Também neste intervalo de três semanas, Norma começou a trabalhar como enfermeira na casa de Teodoro, casou-se com ele e se tornou uma viúva milionária e maligna. Natalie virou amiga de Wanda, ex-mulher de Raul. E Eunice está armando tramóias com Leo.

Nesta segunda-feira, Marina se deu conta que casou com o vilão da história, saiu pelas ruas para investigar ações do marido e rapidamente “descobriu tudo” num hotel da cidade. Procurou, então, Pedro, pediu perdão, foi perdoada, fizeram amor e tramaram os próximos passos para desmascarar Leo.

Você esta com saudades de “Viver a Vida”? Em quantos capítulos você queria que se resolvessem tudo? Você foi viajar e nós ficamos aqui, queria que a trama parasse? Não a trama não parou e você como jornalista-crítico renomado que é, deveria entender que as histórias de hoje precisam ter mais agilidade, o público não tem a mínima paciência para cafés da manhã e conversas intermináveis.

Leio que nestas últimas semanas a audiência de “Insensato Coração” alcançou números excelentes. Não é de estranhar. Por cerca de 110 capítulos, a novela mostrou as idas e vindas chatíssimas de Pedro e Marina, bem como o sofrimento da infeliz Norma. Em 20 capítulos, tudo mudou, num ritmo vertiginoso.

Não Mauricio, tenho que discordar, a novela mostrou a transformação da personagem Norma e as tramóias (roubei de você essa) de Leonardo para conseguir a ascensão almejada. Além disso, a novela possui um numero infindável de personagens e tramas paralelas. Em nenhuma crítica você se quer citou o núcleo cômico ou mesmo qualidades da novela, vai, é pessoal? .  

Mais rápido que isso, só se Gilberto Braga e Ricardo Linhares tivessem provocado um terremoto no Rio de Janeiro, que eliminasse parte do elenco.

Novela não precisa ter compromisso com a realidade. É entretenimento. Mas deveria ter alguma lógica e coerência interna. Como foi batizada por @nairbello no Twitter, Insensato Coração” está muito mais para “Insensato Novelão”. O sucesso no Ibope prova que a reviravolta teve efeito positivo no curto prazo, mas não ajuda a tornar a novela melhor.

Novela não precisa ter compromisso com a realidade, mas acho que não é o que acontece com Insensato Coração. A novela faz merchandising social de maneira brilhante, só para citar dois casos; mostrou que a mulher que procura a justiça consegue receber a pensão dos filhos, expõe a causa gay, e outros. Os autores usam da licença poética em suas novelas sempre e isso nunca deixou de ser menor. Desde o primeiro capitulo esta tal licença foi exibida com a morte do bandido por uma faca descartável de avião, e é válido mostrar isso. Quando é muito fiel a realidade vem à crítica dizer que é má influencia para a sociedade. Novela de Manoel Carlos que é um tédio e todos vocês criticavam horrores na época, agora temos ação e dramaturgia é o ingrediente da novela.   

Personagens desnecessários.

Imagine que Insensato Coração seja uma empresa e nesta empresa tenha corte de funcionários, sugerimos quais personagens devem ser despedidos e como isso seria feito. Lembrando que os já eliminados são apenas os consultores da empresa, nunca foram funcionários fixos. Só faço juízo da função dos personagens não da atuação.



Daisy (Isabela Garcia) – a atriz esbanja simpatia e carisma, mas isso não basta para sua personagem figurar em Insensato Coração. Por mais que ela seja apenas enfeite na novela, a historinha da secretária que se apaixona pelo chefe é manjada e ultrapassada. É uma história jogada que o autor presenteou a atriz que é sua amiga de longa data. Gilberto vamos melhorar nos presentes. Eliminação: engasgada com um bolinho de bacalhau no bar do Gabino(Guilherme Piva), seria anti-propaganda da propaganda. Nós reles mortais que nunca iremos freqüentar e nem degustar do tal bolinho seriamos vingados.


Beto (Petronio Gontijo) – esse personagem é uma desilusão, ele alimentou a esperança que seria o oposto do André (Lázaro Ramos), um homem compromissado com valores familiares fortes, não condiz com a imagem de destrambelhado que passa. Ele foi desiludido pela Úrsula (Lavínia Wlasak) e quem paga a conta é o telespectador. Sofrível suas aparições e sem propósito, se o autor queria mostrar a vingança do homem traído, não foi com este personagem. Minha vontade só aumenta para que ele seja mais chifrado ainda.
Eliminação: seu personagem é desligado e distraído, se ele esquecesse o gás ligado do apartamento, tudo iria pelos ares e o autor ainda faria uma denuncia de acidente doméstico no high society.
Milton (José de Abreu) – também prometia, mas não vingou. Crítica as produções culturais estapafúrdias que assolam o país, tinha tudo para encantar, mas a paspalhice que se tornou o personagem é de um constrangimento só. Ficou quase metade da novela procurando apartamento e tentando convencer com argumentos esdrúxulos os poderosos a financiar suas loucuras. Se ele tivesse contracenado mais vezes com Vitória (Nathália Timberg), talvez fosse o caminho certo, a poderosa com aquele olhar fulminante o colocaria no eixo. Eliminação: graças a Deus ele terá um fim no capítulo de hoje.

Vocês estão demitidos, por enquanto!

Sueli (Louise Cardoso) – grande atriz e um desperdício na trama como um todo. Terá cenas importantes porque esta no fortíssimo núcleo gay da novela, mas terá não teve. Com Carmem (Nívea Maria) tinha um contraponto à altura, mãe de família versos viúva transloucada e moderna. No começo dava impressão que seria inimiga dos Drummond, o que não aconteceu, nem em Woodstock o termo paz e amor foi tão fiel. Por mais que figure pela causa gay, não é nenhum Milk e seu discurso é um tanto amador. Eliminação: Viagem sem volta para Foz do Iguaçu, o autor faria uma homenagem a novela Vale Tudo que esta terminando no canal Viva.

Olivia (Poliana Aleixo) e Serginho (Vitor Novello) – casalsinho mais sem graça não tem. Esse núcleo Malhação é todo errado, eles não são revoltados são sempre felizes e estão sempre com dilemas imbecis. Por mais que Olivia tenha que dar suporte ao pai, sem ela Kleber (Cassio Gabus) continuaria sendo investigativo e preconceituoso. Serginho teve aparições ótimas ao lado de Vitória (Nathalia Timberg) e Teodoro (Tárcisio Meira), mas como filho de casal classe média alta esta sem função dramática que o valha, o menino é bom ator e promete, mas até estagiário trabalha mais. Eliminação: Viagem para o Camboja, serviço voluntário esta em alta e seria uma prestação de serviço.

William (Leonardo Carvalho) – nem a beleza do ator explica seu personagem. Ele aparece a maior parte do tempo fazendo merchandising, aliás sua função é só esta. Será que a Globo esta colocando garotos propaganda dentro das tramas, como forma de tendência para as próximas novelas? Acho péssimo e de muito mal gosto, é como comercial no cinema, eu pago para ver o filme e não dez minutos de propaganda. Eliminação: um outdoor em branco caí em cima da sua cabeça.
Sugestão para o banco Itaú; usar a Giovana Lancellotti e o Jonatas Faro como garotos propaganda. A primeira é linda e estudante, o segundo é rico, para vingar do pai retira todo o dinheiro que herdou da mãe e coloca no, supostamente para este blog, melhor banco do Brasil.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Insensato Coração - Capítulo de Segunda Feira 21/06

A novela ganhou ritmo no capítulo de hoje, depois que Raul (Antonio Fagundes) conta para Marina (Paola Oliveira) quem é Léo (Gabriel Braga Nunes), ela logo encontra o hotel que ele ficou hospedado com a prima Irene (Fernanda Paes Leme) e praticamente no mesmo momento já esta em Florianópolis desabafando com Pedro (Eriberto Leão) toda sua descoberta. Logo em seguida tem uma noite de amor com o amado e volta, quase que na mesma hora, para o marido que esta no Rio de Janeiro. Se a Glória Perez conduzia os personagens Brasil-Marrocos com velocidade de um “The Flash”, porque Gilberto e Ricardo, autores de Insensato, não podem? Gosto bastante deste ritmo, as coisas se reorganizando para se desorganizar e entrar naquela montanha russa.

Crítica a sociedade burguesa

O personagem Milton (José de Abreu) não convence como grã fino, não sei se é a fisionomia ou o guarda-roupa, mas é estranho ve-lo interpretando um arruinado. Já vi muito quatrocentão falido que se veste e tem postura alinhada com o berço, mas ele não convence. Já no núcleo Cortez (Herson Capri) e Natalie (Deborah Secco) o cardápio que os autores prepararam é de um esnobismo puro, mas que soa engraçado. A crítica a burguesia que come comida fina à custa de famílias desempregadas, o golpismo do banqueiro era denunciado na cena anterior por Kleber (Cassio Gabus Mendes), é de uma riqueza sem precedentes. Os autores mais uma vez pesam na tinta de maneira soberba ao denunciar e expor estes laços que acometem a sociedade brasileira. Grã fino come bem, mas quem paga conta?

Embate de Norma e Léo promete

A trama de Insensato Coração como eu já disse aqui não é nenhuma novidade, o que é novo, são os condimentos que os autores colocam. A mocinha agora permanece casada com o vilão para ajudar o mocinho amado a desvendar, e arrumar provas que incriminem o bandido, quer trama mais trivial do que essa? O casal Marina (Paola Oliveira) e Pedro (Eriberto Leão) vão terminar a novela juntos, isso não é novidade. Silvio de Abreu inovou ao separar Diana (Carolina Dieckmann) e Mauro (Rodrigo Lombardi) matando a mocinha quase na reta final em Passione. Gilberto e Ricardo não vão fazer isso, a novidade estará no crime que vai ter para o final da novela, vamos aguardar.

Quanto aos condimentos citados, Norma (Glória Pires) esta passo a passo preparando a emboscada, saiu da prisão, casou com milionário, ficou rica e esta  poderosa. O capítulo do encontro dela com Leonardo (Gabriel Braga Nunes) promete um grande duelo, porque agora sim ela vai fazer maldades mesmo. Não sei quem será melhor nesse jogo de interpretações magnificas, mas tenho certeza que a audiência vai para o topo nesse dia.

Morde e Assopra - Primeira Análise

Trama sem ritmo
A trama de Morde e Assopra é interessante, quando li que seria sobre dinossauros e robôs achei ousado, depois vi que o autor tinha outra coisa em mente que não era bem o ritmo de aventura que eu estava apostando, e sim uma trama mais tranqüila com foco na comédia que é o que pede o horário no qual é exibido.
A novela vai do fantástico e conversa com o realismo sem ter uma linha em comum. São exatamente quatro núcleos que eu identifiquei, pode ter mais um ou dois, mas a base são quatro. O autor fez uma miscelânea que eu vou exemplificar com títulos cinematográficos; imaginem Robocop, Frankenstein com A família Buscapé e Parque dos Dinossauros tudo em um único filme. Difícil de imaginar? Morde Assopra fez essa proeza. Aí ele percebeu que o público não se identificava e apelou para o verdadeiro dramalhão da mãe batalhadora enganada pelo filho, que é difícil não dar certo.
Resumindo o Robocop e Frankenstein ficaram de lado, A família Buscapé junto com os cientistas que procuram dinossauros foram remanejados para outras tramas, e o que era uma ousadia se tornou o mais do mesmo. Walcyr Carrasco não inovou e não trouxe nada de atraente para sua novela. Nem o núcleo oriental que era interessantíssimo rendeu uma boa história.

Mateus Solano da charme para a novela

Ícaro (Mateus Solano) deixa a trama mais simpática, ele tem o carisma do ator que o interpreta e não comete exageros, os óculos e os trejeitos de Solano dão charme ao personagem. Em compensação o tal Abner (Marcos Pasquim) é tão forçado que às vezes chego a pensar que ele esta ensaiando ao em vez de atuando.  A paleontóloga  Julia (Adriana Esteves) é  meiga e correta, não compromete a narrativa mas também não acrescenta. Para quem acompanhou “O cravo e a rosa” a interpretação de Adriana remete a um deja vu. Não vou falar de Flavia Alessandra por enquanto, seu Robocop até era convincente e merecedor de palmas, mas agora esta perdida e vamos dar um tempo para ela.
Claro que a novela tem Walderez de Barros, Jandira Martini e Ary Fontoura para segurar as pontas, mas que uma boa trama central faz falta em Morde Assopra é nítido. Dos novatos destaco o Paulo Vilhena e a Vanessa Giácomo, mas poderei falar deles depois.


domingo, 19 de junho de 2011

Insensato Coração - Capítulo de Sábado 18/06

Muita prosa, muito riso e pouquíssima função dramática
Os capítulos de sábado tem sido os melhores, nenhuma revelação bombástica como acontece na terça e na quinta-feira, mas conversas rotineiras e personagens transitando, aparentemente, sem nenhuma função.  Antigamente era conhecido como encher lingüiça, hoje com a quantidade de núcleos que uma novela possui dificilmente este termo volta. Em Insensato Coração exatamente estas cenas cotidianas sem função para o desenvolvimento da trama são as pérolas que entram para o Treding Topics do Twitter fácil-fácil, graças aos personagens espirituosos e as falas que na boca de ótimos atores enriquecem o capítulo. 

Sem desmerecer, mas qual o sentido daquele café com a Tia Neném (Ana Lucia Torre) na casa de Eunice (Deborah Evelyn), e até mesmo a cena no bar com Haidê (Rosi Campos) e Zuleica (Bete Mendes)? O que dirá das cenas entre Bibi (Maria Clara Gueiros) e Douglas (Ricardo Tozzi), por enquanto nenhuma função dramática apenas riso. E foi nisso que o capítulo de sábado apostou, comédia. Ponto para os autores Gilberto Braga e Ricardo Linhares, porque mesmo nestas cenas corriqueiras o cuidado e as frases são um deleite para o espectador.
Frases:
Aí meu Deus, aquela energia hidráulica natural das manhãs. (de Bibi para Douglas)
Minha família se perdeu no Rio de Janeiro Haidê, eu sou o pilar desta família. (Tia Neném)
Já se aclimataram no Rio de Janeiro (Tia Neném para as sobrinhas)

Pequenos personagens para grandes atrizes

Grandes atrizes transformam pequenos personagens, Zuleica (Bete Mendes) e Haidê (Rosi Campos) fazem a diferença no horário nobre, aparecem esporadicamente e como citei acima, não tem função para movimentar a trama.  Zuleica traz serenidade para o espetáculo que Eunice faz desde o começo da novela. Haidê é o aviso para espectador de que ganhar dinheiro fácil e levar a vida na maciota tem suas desvantagens, muitas mães devem se enxergar nela. Elas aparecem em uma cena aqui outra ali, tomam seu café, discorrem seu discurso politicamente correto, que dito por elas até fica bonitinho, e divertem.

Tia Neném, ela de novo rouba a cena


Tia Neném (Ana Lucia Torre) para quem não sabe, tinha participação garantida até meados de abril, depois seu personagem iria morrer esfaqueada pelo bandido Henrique (Ricardo Pereira). Não teve como os autores eliminar um dos melhores personagens da novela, se não for o melhor. Tia Neném esta sempre nos TTs do twitter, seja no topo ou entre os dez colocados, seu personagem ao contrário de Zuleica (Bete Mendes) e Haidê (Rosi Campos), tem função dramática e movimenta bastante a trama desde os primeiros capítulos. Sempre vou citar Tia Neném, sempre vou analisar Tia Neném, Tia Neném é assunto. Enquanto procuro algo para mencionar dos protagonistas de peso, com Tia Neném eu poderia ter um espaço só para ela. Antigamente na Globo torcia-se o nariz para atrizes-modelos,  hoje existem Zuleicas, Haidês e Tias Neném que não dão espaço para este pessoal gerar assunto.

O maior vilão da teledramaturgia dos últimos tempos

Fabio Assunção não faria melhor o vilão Léo, pelo contrário, acho que Gabriel Braga Nunes contribui muito para a riqueza do personagem e fez deste um ícone na história da telenovela. Fazia tempo que um vilão masculino não chamava tanta atenção. Nas últimas novelas tivemos apenas vilãs como destaque; Clara (Mariana Ximenez) se destacou em Passione seu parceiro Fred (Reynaldo Geanicchini) foi apenas útil a trama, o ator exagerou na dose. Em Viver a Vida nada acontecia então antagonista não tinha. Caminho das Índias o vilão Márcio Garcia desapareceu e a Yvone (Letícia Sabatella) como psicopata reinou sozinha. Em A Favorita tínhamos Flora (Patrícia Pillar) que roubou a cena e entrou para os personagens emblemáticos da teledramaturgia. Vamos citar apenas as mais recentes.
Se formos buscar outro grande vilão recente seria o Olavo (Wagner Moura) de Paraíso Tropical, ali existia simpátia do público com ele e sua par romantica Bebel (Camila Pitanga) o ator roubava as cena. Mas Léo é maior, seu personagem brilha sozinho. O ator dá identidade e enriquece cada cena com suas nuances no olhar e gestos soltos. Léo faz com que os espectadores fiquem indignados e torçam para a derrocada do personagem. A mãe do ator a atriz Regina Braga, comentou outro dia que não assiti porque ele é muito odioso e ela não suporta ver o filho no personagem. Já os autores devem estar maravilhados, porque este é o maior vilão do horário nobre dos últimos tempos graças à competência sublinhada de Gabriel Braga Nunes e ao texto do personagem, que não deixa dúvidas sobre do carater do vilão. Claro que se fosse Léo escrevendo este texto, os láureos seriam apenas dele e diria; Esses dois autores não sabem de nada, eu que dei todo meu empenho para o personagem o texto deles é fraquinho.

Chata é a Marina não a Paola Oliveira

Acho sim que Ana Paula Arósio faria uma Marina muito mais determinada e firme, seus olhos verdes claros nos hipnotizariam e seu talento também. Criticar Paola Oliveira é sacanagem, ela não pôde se preparar para a novela, ela não tem histórico em horário nobre, seu talento ainda esta em formação e a emissora teve que chama-la as pressas para substituir Arósio, que teve problemas pessoais. Acho sim que ela não compromete a trama, demorou um pouco para encontrar o tom mas no todo ela esta bem, o personagem que é chato. Marina deixou de ser a mocinha para ser a modelo da novela, desfila com vários vestidos top e sua maneira de andar é alinhada com as passarelas fashion weeks do mundo.