Depois do capítulo de terça-feira honrar os filmes policiais, hoje a novela foi honesta aos filmes de suspense. Apesar da duração ser menor, devido ao futebol, fazia tempo que eu não via um capítulo de quarta-feira tão movimentado. E sim, como o de ontem, hoje também foi dia de não desgrudar da tela.
O charme regido para a cena do encontro dos dois protagonistas é de um primor que a televisão brasileira estava precisando. Foi romanticamente anti-romântico. Aquele véu cobrindo a grande revelação, a pose de Norma perante sua presa, o modo como os autores conduziram a catarse foi rica em elementos, e o espectador aguardava cada segundo. Gilberto Braga e Ricardo Linhares dessa vez não usaram da agilidade, pelo contrário, o capítulo era curto, mas todo dedicado ao momento decisivo.
Norma (Glória Pires) mostrou a que veio, ela não esta para brincadeira, e não que os autores fizeram surpresa, eles deixaram todos acompanharem o processo, tanto que a revelação era apenas para Léo (Gabriel Braga Nunes). O mérito está aí, de envolver o espectador em uma revelação que faz sentido só para o personagem. A surpresa para nós era apenas a reação de Léo quando estivesse cara-a-cara com Norma, este era o trunfo do autores na noite de ontem, e ele conseguiram envolver.
A responsabilidade estava toda em cima dos dois personagens, todos com os olhos centrados neles, se vacilassem o suspense iria por água abaixo, e o que era para ser o lance de mestre se tornaria apenas um descarte. Mas os autores sabiam que tinham uma Glória Pires e um Gabriel Braga Nunes na manga e o grande Royal Straight Flush* foi dado com brilhantismo.
*jogada mais valiosa do pôquer
Também gostei bastante. Acho que novela boa tem que ter suspense.
ResponderExcluirEste blog é muito bom. Muito bem escrito. Parabéns Brigite.
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