O personagem Milton (José de Abreu) não convence como grã fino, não sei se é a fisionomia ou o guarda-roupa, mas é estranho ve-lo interpretando um arruinado. Já vi muito quatrocentão falido que se veste e tem postura alinhada com o berço, mas ele não convence. Já no núcleo Cortez (Herson Capri) e Natalie (Deborah Secco) o cardápio que os autores prepararam é de um esnobismo puro, mas que soa engraçado. A crítica a burguesia que come comida fina à custa de famílias desempregadas, o golpismo do banqueiro era denunciado na cena anterior por Kleber (Cassio Gabus Mendes), é de uma riqueza sem precedentes. Os autores mais uma vez pesam na tinta de maneira soberba ao denunciar e expor estes laços que acometem a sociedade brasileira. Grã fino come bem, mas quem paga conta?
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